segunda-feira, 18 de agosto de 2014

A conjugação do verbo "pagar"

Infelizmente, esta é a conjugação que mais se ajusta ao nosso país.
Nem a Gramática pode negar...


Não resisti! Precisei compartilhar a imagem com vocês.
Beijos.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Cuidado com o "LHEÍSMO"!

Olá, galera!! Estava com saudade de vocês.

Primeiramente, desculpem-me por ter demorado quase um mês para republicar no ‘blog’. A vida anda muitíssimo corrida e, em função disso, não consigo escrever com a frequência que me agrada.
De qualquer modo, a chamada de atenção desta postagem vai para o uso dos pronomes pessoais do caso oblíquo.
Tenho notado que a grande maioria das pessoas troca o uso de um pronome equivalente a objeto direto por um correspondente a objeto indireto (e vice-versa). Como assim?
Na tentativa de “sofisticar” um pouco o discurso, alguns falantes/escreventes utilizam formas como “Abracei-lhe demoradamente”, “Mais tarde eu lhe vejo”, etc. Em busca de uma construção mais erudita, as pessoas cometem o chamado “lheísmo”, isto é, elas acabam utilizando o pronome “lhe” em situações não indicadas.
Quando usar o pronome “lhe” em circunstâncias apropriadas, então? Vamos lá!
Na Língua Portuguesa, pessoal, existem os chamados pronomes pessoais átonos do caso oblíquo, que são os que seguem:  me, te, se, nos, vos, o(s), a(s), lhe(s), se. Eu sei que a designação desses pronomes é um tanto complicada (para não dizer “chata”), mas eles não são um bicho-papão. 
Essas palavrinhas mencionadas podem substituir os complementos verbais (ou seja, o objeto direto e o indireto). A substituição, contudo, não pode ser aleatória. Dessa maneira, alguns desses pronomes apenas podem ocupar o lugar do objeto direto, ao passo que outros somente ocupam a posição do objeto indireto. Vou esquematizar o que acabei de explicar:

               

Diante do exposto, galera, o pronome “lhe” não deve ser empregado “a torto e a direito”. Só devemos utilizá-lo com verbos transitivos indiretos (aqueles que admitem a pergunta “a que[m]”, “de que[m]”). 
Por isso, as normas da Gramática Tradicional priorizam o uso de “Eu lhe obedeço sempre”, já que o verbo “obedecer” é transitivo indireto (= Eu obedeço aos meus pais sempre). Aproveitando o exemplo que dei um pouco acima, o mais adequado não é “abraçar-lhe”, mas “abraçá-lo” ou “abraçá-la”, uma vez que “abraçar” é transitivo direto (Abracei-o demoradamente = Abracei o meu irmão demoradamente). Os únicos pronomes oblíquos átonos que podem ser usados tanto com transitivos diretos quanto com indiretos são “me”, “te”, “se”, “nos”, “vos”.
Outro probleminha bastante recorrente é o uso de “te” sem que o contexto exija a segunda pessoa do singular (TU). O pronome “te”, gente, é a forma oblíqua de “tu”; dessa maneira, somente deve ser utilizado em contextos de segunda pessoa:

Joaquim, tu podes fazer o favor de antecipar a entrega do arquivo? Se conseguires fazer isso, o diretor te bonificará em agradecimento.
* Ou “bonificar-te-á” (se você quiser “gastar” um pouquinho do seu conhecimento de colocação pronominal).

É isso! Tenham uma ótima noite. Qualquer dúvida, escrevam-me.

Grande abraço.