Olá, galera! Tudo bem?
Antes de começarmos o assunto desta postagem,
precisamos saber o que é particípio. Resumidamente, PARTICÍPIO é uma das formas nominais
do verbo, assim como o infinitivo e o gerúndio. Além de apresentarem valor
verbal, essas formas também podem desempenhar função de nomes; por essa razão, são
chamadas de formas nominais. O
particípio (termina em –ado ou em –ido), por exemplo, pode valer por um adjetivo (homem sabido). É imprescindível saber, ainda, que o particípio exprime,
basicamente, a conclusão de uma ação verbal.
(*BECHARA, E. Moderna
Gramática Portuguesa, 2006, p. 224.)
Muitos verbos apresentam como particípio a FORMA
REGULAR terminada em “-ado” (primeira conjugação) ou “-ido” (segunda e terceira
conjugações), como:
CANTAR (primeira conjugação): cantado.
CORRER (segunda conjugação): corrido.
PARTIR (terceira conjugação): partido.
Outros verbos, contudo, apresentam duas formas para o
particípio: a regular (normal) e a irregular (reduzida). Esses verbos são
chamados de abundantes.
ACEITAR: aceitado (particípio regular) e aceito
(particípio irregular).
ACENDER: acendido (particípio regular) e aceso
(particípio irregular).
IMPRIMIR: imprimido (particípio regular) e impresso
(particípio irregular).
Se houver “abundância” (rsrs...), quando devo utilizar
a forma regular e quando devo usar a outra? Muito bem... Basta prestar atenção
nos verbos que antecedem o particípio em questão. Como eles geralmente formam
locuções verbais, o verbo auxiliar será o grande responsável pela determinação
do tipo do particípio. Dessa forma, se o auxiliar for o verbo “TER” ou “HAVER”,
o particípio será REGULAR; se os auxiliar for “SER” ou “ESTAR”, o particípio
ficará na forma reduzida (irregular, portanto).
Sabe aquelas expressões cotidianamente utilizadas por
todos nós, como “eu já tinha pago [...]” ou “ele havia
ganho muitos prêmios [...]”? Pois é, pessoal... O mais adequado é dizer
“eu já tinha PAGADO” e “ele havia GANHADO”. Tudo isso pelo fato de os verbos “pagar”
e “ganhar” admitirem as duas formas do particípio e, também, por estarem
ladeados pelos auxiliares “ter” e “haver”, o que determina o emprego do
particípio regular. O uso das formas irregulares (ter pago, ter ganho, etc.),
todavia, já está tão difundido na língua falada, que não mais pode ser taxado
como ERRO, mas como uma tendência do falante à hipercorreção ou, ainda, como
uma preferência dele pelas formas mais sintéticas (mais curtinhas).
É isso!
Abração.
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